Segundo informações da Agência Reuters, o governo apresentou nesta quarta-feira, 03 de fevereiro, uma nova família de cédulas do real e afirmou que as notas, mais resistentes à falsificação, contribuirão para preparar o país a ter uma moeda que circule internacionalmente. “Temos que nos preparar para que o real tenha circulação internacional”, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao apresentar as novas cédulas ao lado do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
“Para isso, é importante termos papel-moeda sólido, que seja a prova de falsificações.”
O Brasil tem tomado nos últimos anos medidas de liberalização do mercado de câmbio, mas o governo ainda proíbe a abertura de contas em moeda estrangeira no país, medida considerada chave para a conversibilidade plena.
“O real hoje é uma moeda forte”, afirmou Mantega. “E a moeda só é forte quando reflete a solidez da economia”.
Meirelles também destacou que a troca das notas, sem que um novo padrão de moeda esteja sendo introduzido como ocorreu várias vezes no passado, é um sinal importante da estabilização da economia.
“Desta vez no Brasil a mudança na família de moedas veio dentro de um critério de continuidade, de estabilização, e não de uma mudança no padrão da moeda. Isso é muito importante”, disse Meirelles.
Ele acrescentou que com a estabilização, a tendência é que aumente a parcela da população que mantenha as cédulas da moeda em casa, como reserva de valor.
O lançamento da segunda família de cédulas do real foi aprovado em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN). As novas notas entrarão em circulação gradualmente até 2012, mas as cédulas já existentes continuarão valendo até a substituição integral.
As notas de 50 e de 100 reais começarão a ser trocadas este ano.
As novas cédulas terão as mesmas cores e temáticas das notas já em circulação, mas terão tamanhos diferenciados para facilitar o reconhecimento por deficientes visuais.
(Reportagem de Isabel Versiani)