De 24 a 26 de agosto aconteceu o XVIII Encontro Brasileiro de Psicoterapia e Medicina Comportamental, em Campinas/SP. No segundo dia do evento, o Professor da Unibalsas – Faculdade de Balsas, Vinícius Xavier, apresentou no Salão Imperial B o tema “Comunicação Oral: Vantagens e Desvantagens do Seguir Regras, Interface entre Ambiente Clínico e Vida Diária”, sob a orientação de Luc Vandenberghe da Universidade Católica de Góias – UCG. O encontro é promovido pela Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental – ABPMC.
O Prof. Vinícius Xavier sintetizou o seu trabalho da seguinte forma: “Regras podem ser definidas como descrições verbais de uma contingência, uma vez que, se completa, indica em que situação o comportamento deve ser emitido para se obter determinada conseqüência. Parte considerável dos nossos comportamentos são adquiridos mediante regras, e estas podem passar a controlar também nossos comportamentos. O trabalho em questão pretende investigar os efeitos positivos e negativos do comportamento de seguir regras. Comportamentos estes emitidos em uma situação de tratamento, ou seja, na relação terapêutica. Para tanto utilizou-se do arcabouço teórico da Psicoterapia Analítico Funcional (FAP) e da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT).”
Saiba mais:
De acordo com a Presidente da ABPMC, Maria Martha Hübner, a Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental é uma entidade fundada em 4 de novembro de 1991 com o objetivo de congregar psicólogos, pesquisadores, professores e estudantes de Psicologia e médicos interessados no desenvolvimento científico e tecnológico da Terapia Comportamental, Terapia Cognitivo-Comportamental, Medicina Comportamental e Análise do Comportamento (que inclui a Análise Experimental do Comportamento e a Análise do Comportamento Aplicada. A ABPMC tem, aproximadamente, 1.200 sócios distribuídos por quase todos os estados brasileiros e 4.500 nomes em seu banco de dados.
Em 2008 e 2009 a ABPMC está novamente sediada em Campinas (SP), em função de determinação estatutária, que faz a diretoria se renovar a cada dois anos e, eventualmente, junto com ela, a sua sede. Já estivemos nas seguintes cidades: Brasília (DF), Campinas (também em anos anteriores), Londrina, Rio de Janeiro e São Paulo.
Desde a fundação, a ABPMC realiza um Encontro anual, abrangente e acolhedor, onde os sócios e demais interessados se encontram para apresentar trabalhos e divulgar os avanços mais significativos das respectivas áreas. Os trabalhos mais relevantes dos Encontros têm sido publicados em uma série de livros de qualidade ímpar, Sobre Comportamento e Cognição, que já alcançou a publicação de 20 volumes.
A série é um documento da produção científica da comunidade comportamental brasileira e instrumento indispensável para estudo e ensino. Em última avaliação de livros, feita por órgão governamental competente (CAPES), a coleção recebeu a avaliação máxima, em termos nacionais (a menção “A”).
Além disso, a ABPMC, desde 1999, publica, semestralmente, uma revista especializada, chamada Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, com trabalhos de qualidade conceitual, experimental e de aplicação. Em recente avaliação pela CAPES, nossa revista também recebeu a menção “A Nacional” e está se organizando para se inserir internacionalmente. Está sendo veiculada eletronicamente (www.rbtcc.org) e sua editora é Dra. Vera Raposo do Amaral.
A comunicação entre os sócios é também possível com o Boletim Informativo Contexto, sempre enriquecido com artigos científicos de associados, o que transforma o Boletim também em veículo de informações teóricas e de pesquisas.
Em coerência com recentes discussões sobre o futuro da ABPMC, na última reunião em Brasília, a atual diretoria pretende realizar ações que maximizem a inserção da área em diversos setores da sociedade, disseminando o conhecimento por ela produzido e estendendo seu impacto social e científico.
“Por acreditarmos que tudo isso deva ser feito associado à plena continuidade da realização do nosso encontro anual, primando sempre pela excelência do programa científico, pelo alto valor reforçador positivo de estarmos juntos e de continuarmos nosso aprendizado, entendemos que o modo de funcionamento do grupo deva seguir o modelo vigente de uma divisão operacional de trabalhos”, reforça Martha.
Sendo assim, o grupo pautará seu modo de ação pela organização em Presidência da ABPMC (Dra. Maria Martha Hubner) e Presidência do Encontro (Patrícia Piazzon Queiroz). O presidente da ABPMC manterá a primordial função de fazer a ABPMC crescer e continuar a se fortalecer e o Presidente do Encontro o de realizar um encontro de alto padrão de qualidade. Entretanto, a ABPMC deverá ter uma organicidade, unidade e coerência.
Neste sentido, todas as ações e decisões serão tomadas em grupo, pela diretoria. A instituição ABPMC é soberana a decisões individuais e sua diretoria e conselho serão atuantes. Este princípio da soberania institucional de uma sociedade científica é um legado de Carolina Bori que não podemos perder de vista.
Fonte: www.abpmc.org.br
