Por Leonardo Bezerra
O dia 16 de agosto é considerado, formalmente, como dia do Filósofo, profissional este que é milenar que tem contribuído de forma intensa na construção e na reconstrução das atividades inerentes ao ser humano nas suas diversas instâncias sociais.
Na Grécia Antiga é que surgiu a figura do Filósofo como um ser que contempla, que reflete e que analisa todas as atividades cotidianas e essenciais.A atuação filosófica surgiu como atividade especialmente ligada ao homem sábio, ao amigo da sabedoria, ao amante do saber (filo + sophia = amor à sabedoria).
Com o passar do tempo, a atividade filosófica foi se transformando e com a obrigatoriedade do ensino da Filosofia na educação formal, muitos alunos passaram a questionar a necessidade e/ou a finalidade dessa área de conhecimento, assim como as atribuições profissionais do Filósofo.
Diferente do que empiricamente muitas pessoas pensam, o Filósofo não é uma pessoa que está acima das paixões, não é um incrédulo, não é um livre pensador, não é um ser excêntrico e nem mesmo uma pessoa que escreve algo original no campo do conhecimento formal.
O Filósofo é um profissional dotado de formação acadêmica em nível de Licenciatura e/ou Bacharelado. De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) instituída em 09 de outubro de 2002, portaria nº 397, os Filósofos possuem o código da CBO 2514-05.
Conforme a CBO 2514-05 estes profissionais são aqueles que possuem formação acadêmica de graduação e o objetivo central dessa classe profissional é refletir, criticar e sistematizar sobre o ser e o destino do homem no mundo.
Por meio da assimilação do pensamento filosófico clássico, pode-se realizar pesquisa que envolve temas filosóficos, tais como ética, estética, metafísica, lógica, política, cultura, ciência, tecnologia, epistemologia, ontologia, etc. Tudo isso, com a finalidade de orientar pessoas e assessorar organizações, além de exercer a prática do magistério.
Atribuições dos Filósofos na Atuação Profissional:
1. Analisar o processo simbólico e suas manifestações;
2. Refletir e analisar o processo de criação e validação do conhecimento lógico e científico;
3. Analisar, criar e validar os procedimentos metodológicos e científicos;
4. Analisar as descobertas científicas e seu impacto social, teórico e tecnológico;
5. Analisar processos hermenêuticos, interpretar textos e a relação entre ideias e contextos;
6. Assessorar pessoas e organizações;
7. Orientar pessoas, instituições e emitir pareceres;
8. Assessorar organizações governamentais e não governamentais e de ensino; a mídia, editoras, agências financiadoras de pesquisa;
9. Participar em comissões de ética e bioética;
10. Coordenar atividades de caráter intelectual;
11. Coordenar grupos de estudo;
12. Coordenar pesquisa;
13. Organizar eventos científicos e culturais;
14. Coordenar cursos;
15. Realizar pesquisa acadêmica;
16. Analisar a arte, a obra de arte e a experiência estética;
17. Analisar a religião e suas diversas manifestações;
18. Refletir e analisar a história da filosofia;
19. Refletir sobre os valores morais e éticos;
20. Refletir sobre a política e as relações de poder;
21. Refletir sobre as questões do homem contemporâneo;
22. Refletir sobre a história e as transformações histórico-sociais;
23. Analisar a elaboração e a viabilização de projeto de pesquisa;
24. Analisar de modo crítico e comparativo as tradições filosóficas;
25. Pesquisar história da filosofia e temas filosóficos;
26. Divulgar conhecimentos e resultados: Elaborar relatórios filosóficos, artigos de pesquisa, de divulgação, proferir palestras, organizar e participar de seminários, congressos, conferências e eventos culturais;
27. Ministrar cursos sobre filosofia e outras áreas científicas, em uma abordagem filosófica.
Leonardo Mendes Bezerra
Filósofo, Psicopedagogo Empresarial, Especialista em Educação Superior, Mestre em Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente. Professor da Unibalsas e da UEMA.
